I Won’t Go Back to My Family Who Abandoned Me

 Capítulo 72. Somos Um Casal


No dia seguinte, assim que o Marquês Leroy verificou sua correspondência, jogou-a fora com violência. Os mineiros não apenas estavam ainda mais distraídos, mas também nervosos; sobre o colapso de seus colegas de trabalho e também sobre os salários atrasados ​​que lhes eram devidos.

Ainda assim, ele tinha muito dinheiro que ganhou com o Velvet Rose, então poderia reembolsá-lo imediatamente. Havia um problema separado o incomodando.

“A mulher que você enfrentou nas finais do torneio de esgrima. Você já a encontrou antes?

O Marquês Leroy parecia mais incomum ultimamente, então ser chamado tão de repente deixou a boca de Xavier seca.

“Nós nos encontramos várias vezes por acaso.”

"Como ela se parecia?"

“Era uma mulher loira com olhos vermelhos brilhantes.”

“Tem certeza que era uma mulher?”

"Sim eu tenho certeza."

“….”

É por isso que ele não conseguiu encontrá-la.

O Marquês Leroy cerrou os dentes e respirou fundo. Foi um grande erro presumir que era um homem, só porque uma criança daquela família destruída ainda estava viva. 

O Marquês enxugou o rosto irritado e falou em voz baixa.

“Você sabe mais alguma coisa? Qualquer coisa está bem."

"Não sei…"

Xavier estava vasculhando sua memória com uma expressão preocupada, então exclamou quando algo lhe veio à mente.

“Ela parecia ser próxima da minha irmã mais velha.”

“Leticia…?”

O Marquês Leroy franziu a testa ligeiramente com esta notícia inesperada. Era difícil acreditar que os dois estivessem relacionados.

"Tem certeza?"

“Sim, ela sempre falava com minha irmã mais velha.”

Ele acrescentou que os dois também não pareciam simplesmente se conhecer.

O Marquês Leroy estava ouvindo a história em silêncio, acenou levemente com a cabeça e fez sinal para que pudesse sair. Assim que Xavier saiu do escritório, sentou-se.

“Elas pareciam excepcionalmente amigáveis…”

Não havia como saber por que as duas se tornaram mais próximas. Porém, graças a isso, ele ficou aliviado ao encontrar uma maneira de escapar da beira do penhasco e respirar novamente.

Como esperado, Deus ainda não o havia abandonado.

~x~

"Isso é verdade?"

Ao chegar na Mansão de Aquiles, Letícia contou a Elle o que Keena havia dito.

Os nobres que desmaiaram repentinamente na festa e o fato dos mineiros desmaiarem repentinamente na mina Rose Velvet. Foi difícil dizer se foi uma simples coincidência porque ambas as partes também sofreram de febre alta.

“Não importa o quanto eu pense sobre isso, não acho que seja uma coincidência.”

Pensando bem, Keena nunca mentiu para ela, ela só tinha muito a esconder. Acontece que sempre havia algo que ela não conseguia explicar.

“Vou dar uma olhada nisso.”

“Você vai, Elle?”

“Sim, é porque quero descobrir.”

Ao contrário de seu sorriso fácil, Elle cerrou os dentes ferozmente ao dizer isso. Aparentemente, ela tinha ouvido falar dos rumores que atribuíam o desmaio às pulseiras dos desejos.

“O que você está planejando fazer se for verdade?”

Ian estava ouvindo calmamente a conversa de Letícia e Elle e perguntou.

Letícia, que não tinha pensado tão longe, fechou a boca. Então ela finalmente respondeu com uma expressão calma.

“Temos que revelar a verdade.”

"Tudo bem?"

Ian estava preocupado porque eles já foram uma família. Letícia sorriu gentilmente, mostrando que estava tudo bem.

"Minha família está aqui."

"Irmã…"

Elle ficou emocionada com suas palavras e abraçou Letícia pelos ombros. Seus olhos brilhantes mostraram o quão emocionada ela estava.

Foi então que ouviram o som de alguém lá fora. Os três, que estavam sentados lado a lado na sala, pularam de seus assentos.

Assim que Enoch entrou na sala, Elle se aproximou dele como se estivesse esperando.

“Por que você chegou tão tarde ontem? Eu estava esperando há muito tempo.”

"Tudo está bem."

Elle estava sendo acusadora, mas seus olhos pareciam preocupados. Então Enoch sorriu gentilmente e deu um tapinha na cabeça dela de forma tranquilizadora.

A expressão no rosto de Letícia, que observava a cena por trás de Elle, escureceu gradativamente.

Foi reconhecido que o colapso repentino dos nobres não foi culpa da família de Aquiles, mas parecia que os rumores haviam aumentado e as suspeitas pareciam não ter sido completamente esclarecidas.

'Se é mesmo por causa do meu pai...'

Ela apertou as mãos dele e jurou que nunca iria desistir.  

Enoch, que estava observando Letícia, falou com cuidado. 

“Como paguei as férias, estou pensando em ir para o território da família.”

"O que?"

Férias pagas?

Foi tão repentino que seus olhos se arregalaram de surpresa, mas de alguma forma ela conseguiu adivinhar o que estava acontecendo. Era óbvio que ele estava sendo impedido de entrar no palácio, dando-lhe licença remunerada.

Não havia como ele não saber disso, mas Enoch estava aproveitando esse tempo para verificar as condições de seu território e os danos que a seca havia causado.

Letícia agarrou silenciosamente o braço de Enoch, enquanto mordia o lábio. Ela sabia que era inevitável, mas estava realmente preocupada em deixá-lo ir sozinho assim. Tudo isso se devia ao fato de ele ainda não ter conseguido solucionar adequadamente as suspeitas que cercavam a família.

'Elle disse que iria investigar isso.'

Então o que ela poderia fazer? Ela queria ajudar Enoch de qualquer maneira que pudesse.

Naquele momento, algo me veio à mente.

“Se você não se importa, posso acompanhá-lo?”

"O que?"

Enoch piscou surpreso, porque pensou ter ouvido errado. Ele sorriu gentilmente e balançou a cabeça.

“Pode ser difícil.”

“No entanto… ainda quero ajudar.”

Ela havia esquecido por um momento. Sua habilidade poderia fazer com que coisas boas acontecessem às pessoas ao seu redor.

Se for verdade, de repente ela pensou que isso poderia ajudar com a seca.

“Eu sei que pode ser demais…”

"Absolutamente não."

Letícia apertou as mãos com uma expressão dizendo para ele confiar nela. Ian, que estava observando, interveio entre os dois com um olhar preocupado.

“Nós protegeremos a casa, então não se preocupe em ir, irmão.”

"Sim, a irmã tem algo em mente, então você tem que levá-la com você."

Elle e Ian ficaram lado a lado e assentiram com firmeza, como se ele tivesse que confiar neles.

Mesmo gostando da ideia, Enoch suspirou baixinho e perguntou novamente a Letícia.

"Vai ficar tudo bem?"

“Sim, realmente ficarei bem.”

Ela pensou que não seria ruim aproveitar esta oportunidade para testar sua habilidade.

A expressão de Letícia também não brilhava diferente da dos gêmeos. Só então Enoch percebeu que ela não recuaria facilmente.

“Tudo bem, mas se for muito difícil podemos voltar rapidamente para casa.”

"Sim."

Assim que a permissão foi concedida, Letícia sorriu abertamente e assentiu.

Ela sabia que ele estava dizendo isso porque estava preocupado com ela, mas nunca pensou que ele concordaria tão rapidamente. 

~x~

Como esperado, a razão pela qual Enoch estava indo para o seu território era por causa da seca. Ela ficou emocionada com a atitude correta dele, com a seriedade com que ele levava isso e com o quanto ele queria ver os danos com seus próprios olhos.

‘Acho que podemos esperar um pouco…’

Embora sua reputação pouco elevada tivesse desmoronado num instante, Enoch não mostrou nenhum sinal de angústia. Pelo contrário, Letícia gostou de ver a atitude dele de trabalhar o melhor que podia.

“….?”

Enquanto desciam de carruagem para o território da família, ela sentiu que Enoch olhava para ela com uma expressão incomum. Letícia olhou para ele, perguntando-se por que, mas tardiamente percebeu que estava apertando a mão de Enoch sem nem perceber. 

“Não, foi isso que eu… Já faz um tempo que não ficamos sozinhos assim.”

Enquanto falava, ela abaixou a cabeça profundamente e apenas tocou a mão de Enoch.

Enoch estava olhando calmamente para Letícia, que apertava sua mão como se estivesse amassando massa, e disse.

“Obrigado por vir comigo, mas por que você está se dando ao trabalho de vir comigo?”

Mesmo que ele a estivesse castigando, seus olhos eram gentis e isso fez Letícia sorrir abertamente.

“Então você não gosta disso?”

“….”

Em vez de responder, Enoch suspirou alto e cobriu o rosto com uma das mãos.

Letícia pareceu surpresa por um momento, preocupada que ele estivesse com raiva, até notar suas bochechas avermelhadas entre os dedos longos.

“Seu rosto ficou vermelho.”

"Não está."

“Suas orelhas também estão definitivamente vermelhas.”

"Nunca."

Ela achou fofo que Enoch não conseguisse nem olhar diretamente para ela, mesmo negando que seu rosto estava vermelho.

“Acho que sei por que Enoch me provoca o tempo todo.”

“É tão divertido?”

“Você não sabe?”

A situação parece ter se invertido. Não faz muito tempo, era ele quem provocava Letícia por causa de sua timidez, mas agora a situação mudou completamente. Esse sentimento também não era tão ruim.

'Como teria sido se ele tivesse vindo sozinho?'

Enoch sorriu sem perceber e se sentiu mais leve porque Letícia estava com ele.

“Você está tentando usar sua habilidade?”

Enoch mal conseguiu acalmar sua expressão e levantou uma pergunta que queria fazer desde a noite anterior.

Letícia se surpreendeu com a pergunta inesperada e, sem saber, baixou os olhos. Ela não disse nada sobre sua habilidade e não esperava que Enoch notasse tão cedo.

“Na verdade, eu nem sei como usar minha habilidade.”

Tudo o que ela podia fazer era torcer para que coisas boas acontecessem às pessoas ao seu redor e que elas fossem felizes.

Ela faria o que pudesse até o fim.

Seios disse que a habilidade de Letícia traria boa sorte para quem está ao seu redor, mas não para ela mesma. 

Porém, Letícia teve uma ideia diferente.

“Como se Enoch estivesse dando o melhor de si agora.”

Sua sorte foi Enoch, que ela encontrou milagrosamente em uma tarde particularmente ventosa.

~x~

“É pior do que pensei.”

Foi na noite em que chegaram à aldeia onde planejaram ficar um pouco. Letícia congelou, a primeira coisa que viu foi um campo onde dava para ver de relance a secura do campo, mesmo no escuro.

Enoch também tinha uma expressão sombria pelo que viu. Assim que fizeram contato visual, ele passou o braço em volta do ombro de Letícia para confortá-la.

“Vamos descansar esta noite e ver melhor amanhã.

“Sim, acho que é o melhor.”

Letícia suspirou, a situação era mais grave do que ela esperava.

'Precisa chover o mais rápido possível.'

Deixando para trás seus sentimentos confusos, Letícia seguiu Enoch até a pousada. O exterior estava em mau estado, então ela não esperava muito, mas o interior era mais limpo do que ela pensava.

“Você tem dois quartos individuais?”

Enoch perguntou assim que fez contato visual com o estalajadeiro, que estava limpando a entrada, mas o estalajadeiro respondeu como se estivesse perdido.

“Sinto muito, mas só resta um quarto.”

"O que?"

"Huh?"

Letícia e Enoch não conseguiram esconder as expressões envergonhadas e levantaram a voz ao mesmo tempo.

No Império Helios, um homem e uma mulher dormindo no mesmo quarto antes do casamento era uma questão de intenso escrutínio. A cabeça de Letícia já girava só de pensar nos rumores que se espalhariam se Enoque fosse descoberto como duque.

“Vocês parecem um casal, não podem usar o mesmo quarto?”

“….”

“….”

Não era verdade nem mentira.

Quando eles não responderam com rapidez suficiente, o estalajadeiro olhou para os dois com desconfiança. Letícia inconscientemente respondeu com firmeza.

“Somos um casal!”

“….!”

“Ah, então eu...”

Letícia percebeu tardiamente o que disse, mordeu o lábio e assentiu. Tudo o que ela pôde fazer foi agarrar a saia com força.

“Porque somos um casal, me dê esse quarto.”

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